terça-feira, 29 de março de 2011

Mensagem aos Pais

Eu os Amei
Quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:
Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão. Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para fazer pagar as balas que tiraram do supermercado e dizer ao dono: “Nos pegamos isso ontem e queremos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, por duas horas enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para os deixar assumir responsabilidades das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo: Eu os amei o suficiente para dizer-lhes “não”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso, e em alguns momentos até me odiaram.
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estamos contentes, vencemos! Por que, no final vocês venceram também! E, em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães quando lhes perguntarem se seus pais eram maus, meus filhos vão lhes dizer: “Sim, nossos pais eram maus. Eram os pais mais malvados do mundo”. As outas crianças comiam doces no café, e nós tínhamos de comer pão, frutas e vitaminas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço, e nós  tínhamos que comer arroz, feijão, carne e legumes.
E eles nos obrigavam a jantar à mesa, bem diferente dos outros pais que deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Eles insistiam em saber onde estávamos a toda hora. Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Papai insistia para que lhe disséssemos com quem iríamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nos tínhamos vergonha de admitir, mas eles “violavam as leis do trabalho infantil”. Nos tínhamos de tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo tipo de trabalho que achamos cruel.
Eu acho que eles nem dormiam à noite pensando nas coisas para nos mandar fazer. Eles insistam conosco para que disséssemos sempre e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Enquanto  todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos de esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde.
O papai, aquele chato, levantava para saber se a festa foi boa só para ver como estávamos ao voltar. Por causa de nossos pais, nos perdemos imensa experiência na adolescência: nenhum de nos esteve envolvido com drogas, roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa deles. Agora já que somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo de tudo para sermos “PAIS MAUS”, como os nossos foram.
Autor desconhecido.

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